quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

"biocontraposição" ; super ou supravalorização da vida?

Uma discussão ainda muito acalourada e sem previsão de término é a questão das pesquisas com células tronco na busca por curas ainda desconhecidas, e respostas à interrogações solitárias e perspicazes.
Aprovações e desaprovações, opiniões diversas sobre o assunto, intervenções maciças, e argumentos fundamentados foram e são instrumentos de ambos os lados que se inserem na luta pela liberação ou veto definitivo das pesquisas, embora o único valor envolvido no processo científico seja a vida. Dois lados que se opõem na busca pela conservação e estima da vida humana. A grande diferença são os espectros visuais de ambas as partes. Uma fixa uma visão mais conservadora e usa como contraargumento o fator vida embrionária, e a outra se mostra interessada e ansiosa por defender a vida pós-nascimento, se colocando a favor da descoberta de formas de cura para doenças que se instalam no organismo humano e ainda não possuem solução visível.O que se vê de fato é uma contraposição sem precedentes, devido à causa pela qual a luta se trava.
Uma das mais novas atualizações quanto ao assunto é a notícia de que uma cientista norte-americana vem buscando incessantemente uma nova forma de especulação celular. Ela usa embriões humanos para criar novas células que depois são induzidas a virar óvulos e espermatozóides, na tentativa de descobrir respostas para anomalias celulares como a síndrome de Down por exemplo. Numa entrevista ao site G1 ela afirma : "ao aprender o que a natureza faz e repeti-lo em laboratório, esperamos descobrir o que deu errado – e, depois, descobrir como corrigi-lo." De fato as boas intenções são visíveis e impermeáveis na inicitativa da cientista, porém o que se coloca de fato em questão é: super ou supravalorização da vida? Sacrificar um projeto de vida já definitivamente pronto e arquitetado para redesenhar outros que a natureza já deu por terminado.
A vida deve ser sim objeto de preocupação constante do homem, a ponto de ser valorizada desde a sua formação inicial (embrião), pois é ali a sua primeira fase, o seu ponto de princípio. Me espanta saber que a maioria dos cientistas estudam os vírus por exemplo, e o dão o seu devido valor vital, mesmo tendo nele um ser unicelular. Pois bem, o embrião se constitui também num ser unicelular, porém vem ansiando promessas de uma vida muito mais complexa posteriormente, nada mais nada menos que a vida humana.

1 comentários:

Silas Magnata 22 de janeiro de 2009 às 05:17  

Tudo que envolve ciência e fé gera polêmica mas na minha opinião essas pesquisas devem ser levadas à diante, sem permitir que dogmas definam o futuro da humanidade.